Neste dia 12 de janeiro, celebramos os 80 anos do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), tendo a satisfação de olhar para trás e comprovar uma história de grandes feitos, de desafios tão complexos quanto as soluções trazidas. Uma jornada de pioneirismo, bravura e excelência, que nasceu com a Diretoria de Rotas Aéreas em 1942, passando pela Diretoria de Eletrônica e Proteção ao Voo em 1972, chegando ao nosso DECEA em 2001.
Mais que testemunhas, fomos – e seguimos sendo – agentes das mudanças, protagonistas da nossa própria história, ora acompanhando os maiores expoentes da aviação no mundo, ora liderando, ao apontar caminhos que só nossa conjuntura singular de país continental na América do Sul nos permite antever.
O lugar de destaque que ocupamos no cenário da aviação nacional e internacional é resultado do esforço e empenho de cada ação executada de maneira ininterrupta por nossos mais de 13 mil profissionais, homens e mulheres, civis e militares, que juntos cumprem a missão de defender, controlar e integrar o espaço aéreo brasileiro, cuja área de responsabilidade se estende por 22 milhões de quilômetros quadrados.
Organização de grande relevância da Força Aérea Brasileira (FAB) e órgão central do Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro (SISCEAB), o DECEA, por meio do seu Programa SIRIUS Brasil, coordena e executa diversos empreendimentos em todas as áreas relativas à defesa e ao controle de tráfego aéreo, desde às contínuas modernizações de radares, auxílios, softwares e instalações aos projetos de reestruturação do espaço aéreo, implantações pioneiras na América Latina e implementação de ferramentas que garantem a evolução das operações aéreas com confiança, agilidade, fluidez e segurança.
Mantendo a transparência na atuação responsável perante a sociedade, ganham relevância os projetos voltados à sustentabilidade, como os de uso adequado da água, descarte correto de resíduos sólidos e a minimização dos impactos nocivos ao meio ambiente.
O ano de 2021 foi de grandes realizações. A FAB não para, nem tampouco o DECEA. Mesmo num cenário adverso como o que estamos vivendo desde 2020, seguimos cumprindo nossos compromissos internacionais em sinergia com as diretrizes da Organização da Aviação Civil Internacional (OACI).
Dentre as muitas atividades, destacamos:
- A implantação do Projeto de Setorização Vertical na FIR Brasília, com o objetivo de aumentar a capacidade do espaço aéreo e comportar as crescentes demandas do desenvolvimento da aviação para esta região.
- A Centralização de Planos de Voo, com a consolidação, em um sistema único para o trâmite, de todos os planos de voo que utilizam o espaço aéreo brasileiro, aprimorando a consistência dos dados de voo disponíveis operacionalmente aos seus usuários.
- A promoção e participação do Departamento em eventos sobre uso de aeronaves remotamente pilotadas – os drones – para divulgação de legislação, apresentação do Sistema de Solicitação de Acesso de Aeronaves Remotamente Pilotadas (SARPAS) e debates acerca das melhores práticas da indústria, mobilidade aérea urbana e acesso seguro destas aeronaves ao espaço aéreo. Eventos: AIRCONNECTED, Drone Show, Drone Enable e SIRESANT.
- A implantação das Estações Radares tridimensionais na fronteira oeste do Brasil com seus países vizinhos – Bolívia e Paraguai – reforçando a segurança desta região.
- A implementação das primeiras Estações Meteorológicas de Altitude Automáticas (EMA-A) na América Latina, respectivamente em Uruguaiana (RS) e Fernando de Noronha (PE).
- A reestruturação da Terminal Aérea de São Paulo – TMA-SP Neo, com a implementação do Point Merge System, método de sequenciamento de chegadas, integrando o tráfego ao mesclar os fluxos de entrada em um único ponto.
- A realização do primeiro Voo de Inspeção remoto do ILS de Boa Vista (RR) a partir da Sala Técnica do Quarto Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA IV), em Manaus (AM).
- A implementação do novo Espaço Aéreo Offshore na Bacia de Campos, dedicado especialmente às operações aéreas na região de plataformas petrolíferas com novas rotas aéreas destinadas às aeronaves de asa rotativa.
- A implantação do Projeto LANDELL – a nova era das Comunicações entre controladores e pilotos por meio de enlace de dados no espaço aéreo continental, com o uso da ferramenta CPDLC em setores das regiões Norte e Nordeste.
Nesta oportunidade, renovo meus sinceros agradecimentos a todo nosso efetivo, sem o qual não poderíamos concretizar com tamanha eficiência tantas atividades.
Por nossa jornada até o dia de hoje, parabenizo a todos. E por tudo que podemos vislumbrar à nossa frente, deixo os votos de que o futuro seja tão somente a materialização daquilo que já planejamos, uma vez que nosso olhar atento e nossa capacidade imaginativa constroem realidades nas quais performamos nossos voos mais longínquos.
Departamento de Controle do Espaço Aéreo - 80 anos de histórias e realizações.
Tenente-Brigadeiro do Ar João Tadeu FIORENTINI
Diretor-Geral do Departamento de Controle do Espaço Aéreo
Novo equipamento aumenta a capacidade de vigilância aérea na região de fronteira, permitindo aprimoramento na execução do Controle do Espaço Aéreo.
A Comissão de Implantação do Sistema de Controle do Espaço Aéreo (CISCEA) entregou para operação, no dia 31 de março, a nova Estação Radar de Porto Murtinho (MS), dando continuidade ao processo de complementação da capacidade de vigilância aérea, com o objetivo de aprimorar o controle dos tráfegos que voam na região de fronteira do Brasil com o Paraguai e a Bolívia.
O sistema radar LP23SST-NG/RSM970S se destina à vigilância dos tráfegos aéreos, voando em rota, facilitando o trabalho do Controlador de Tráfego Aéreo. Os radares aumentam a capacidade de vigilância aérea na Zona de Identificação de Defesa Aérea (ZIDA), por meio da detecção de aeronaves cooperativas e não cooperativas, podendo alcançar um raio de 450 quilômetros, a 30.000 pés, o que corresponde a quase duas vezes a área do Estado do Mato Grosso do Sul. Este sistema radar está preparado para operar 24 horas por dia, 365 dias por ano podendo ser conectado aos Centros de Controle através de uma grande gama de meios de transporte de dados, usando os protocolos de comunicação internacionalmente adotados em radar.
“Foram inúmeros os desafios enfrentados pela CISCEA durante a implantação desse radar, em tão curto espaço de tempo. Em 12 meses concluímos as obras de infraestrutura, a instalação do radar, os testes de aceitação, homologação e integração do radar ao Centro de Controle de Área de Curitiba (ACC-CT). O resultado obtido foi possível graças ao apoio incondicional do Comando Militar do Oeste do Exército Brasileiro, tanto na cessão da área para a instalação do equipamento quanto na celeridade dos processos necessários”, declarou o Gerente do Projeto na CISCEA, Engenheiro Paulo Roberto P. Magalhães.
O chefe da Divisão Técnica da CISCEA, Tenente-Coronel Engenheiro Gustavo Erivan Bezerra Lima destaca a evolução tecnológica dessa nova família de radares, além do fato de serem produzidos no Brasil. “A finalidade principal é compor a rede de radares que prestam o serviço de vigilância radar, em prol do Controle do Espaço Aéreo, mas que também são dotados de funcionalidades militares, específicas dos radares utilizados pela Defesa Aérea. É importante destacar também a importância que a implantação desses radares proporciona, tanto no aspecto logístico quanto operacional, tendo em vista a existência de outras unidades similares em funcionamento no Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro (SISCEAB)”.
A entrada em serviço desses novos equipamentos visa a potencializar a identificação de aeronaves voando a baixa altura na região de fronteira, trazendo benefícios operacionais, tanto para o controle civil de aeronaves, quanto para a defesa aérea, aumentando a capacidade de detecção de tráfegos não autorizados ou de emprego ilícito, colaborando, decisivamente, para o sucesso das ações de policiamento do espaço aéreo. Portanto, além de auxiliar no controle do espaço aéreo, a nova estação vai proporcionar a ampliação da vigilância aérea, com foco no centro-oeste brasileiro.
Com a instalação dos radares de Corumbá, Porto Murtinho e Ponta Porã, o Brasil passará a contar com uma vigilância aérea que cobrirá toda a fronteira do Mato Grosso do Sul com os países vizinhos.
“A implantação de mais um sensor com tecnologia no estado da arte faz parte do trabalho incessante da FAB em aprimorar a sua capacidade de vigilância, controle e defesa do espaço aéreo, reforçando as ações para a manutenção da soberania e segurança nessa área”, declarou o presidente da CISCEA, Major-Brigadeiro do Ar Sérgio Rodrigues Pereira Bastos Junior.
RADARES
O equipamento de modelo LP23SST-NG, fabricado pela empresa Omnisys, faz parte de uma nova geração de radares primários de longo alcance, com capacidade para detectar aeronaves cooperativas e não-cooperativas. São equipados com a capacidade de altimetria, permitindo a identificação dos alvos com precisão, além de funções de proteção eletrônica que os resguardam contra interferências eletromagnéticas, sejam elas intencionais ou não.
A Força Aérea Brasileira (FAB), por meio da Comissão de Implantação do Sistema de Controle do Espaço Aéreo (CISCEA), e a Omnisys assinaram, no final de 2018, um contrato para o fornecimento de três radares. As Estações Radar das localidades de Corumbá e Porto Murtinho já estão em operação e a próxima localidade a receber o equipamento é Ponta Porã, também no Mato Grosso do Sul.
Os radares são fabricados no Brasil pela empresa Omnisys, em São Bernardo do Campo (SP), o que permite rápido acesso a toda cadeia produtiva, agilizando os procedimentos de assistência técnica por parte do fabricante. O projeto prevê, ainda, a absorção do conhecimento técnico pelo Comando da Aeronáutica (COMAER), visando à realização das atividades de manutenção preventiva e corretiva, minimizando os custos de logística e mantendo um alto nível de disponibilidade dos equipamentos.
Seção de Comunicação Social da CISCEA
1º Tenente Relações Públicas Camille Barroso
Fonte e Fotos: Divisão Técnica da CISCEA
Data é comemorada com expectativas pela chegada do novo vetor multimissão F-39 Gripen
Filha da guerra, ela desfila a sua história por meio das narrativas dos seus Esquadrões, das aeronaves e de suas personalidades, que agregam um valor singular no seu jeito peculiar de defender a nação e manter a soberania do espaço aéreo. A Aviação de Caça da Força Aérea Brasileira (FAB), ao completar os seus 76 anos, comemorado no dia 22 de abril, traz em sua memória uma grande jornada, desde os períodos mais distintos, seja cantando o Carnaval em Veneza, aplaudindo a Ópera do Danilo ou gritando Senta a Púa! Brasil!
Com o traje anti-G (gravidade), o capacete e a máscara de oxigênio, dentro de uma diminuta cabine de pilotagem, cercados por instrumentos, botões e interruptores, incorporados na garra e na coragem, os pilotos da Aviação de Caça comemoram a data e seguem a missão, voando muito rápido, e sozinhos, prontos a responder às necessidades e aos desafios da Força Aérea e do País.
Atualmente, esses militares atuam nos seguintes Esquadrões: o Joker (2°/5° GAV), localizado em Parnamirim (RN), o Jaguar (1° GDA), em Anápolis (GO); o Jambock e o Pif-Paf (1° GAVCA), no Rio de Janeiro (RJ); o Pacau (1°/4° GAV), em Manaus (AM); o Poker (1°/10° GAV) e o Centauro (3°/10° GAV),em Santa Maria (RS); o Pampa (1°/14° GAV), em Canoas (RS); o Escorpião (1°/3° GAV), em Boa Vista (RR); o Grifo (2º/3º GAV), em Porto Velho (RO); e o Flecha (3º/3º GAV), em Campo Grande (MS). Em cada um deles, a formação dos pilotos prima pela excelência, com emprego de técnicas e táticas atualizadas, por meio de pesquisas, estudos, visitas, intercâmbios e participações em exercícios operacionais.
F-39 GRIPEN
Ratificando isso, cinco dos futuros pilotos do F-39 Gripen seguem com afinco na preparação para a chegada da nova aeronave. Até julho, eles realizarão a formação operacional em Såtenäs, na Suécia. A capacitação inclui Treinamento de Conversão e de Prontidão para Combate. Posteriormente, o preparo continuará na Ala 2, em Anápolis (GO), sede do Primeiro Grupo de Defesa Aérea (1º GDA), com instrução por meio de um simulador. No total, 53 pilotos e mecânicos se preparam para o recebimento do novo vetor.
Além disso, a Ala 2 também investe em infraestrutura. De acordo com o Comandante da Unidade, Coronel Aviador Gustavo Pestana Garcez, a FAB se prepara desde 2014, quando ocorreu a assinatura do contrato para o desenvolvimento e a produção das aeronaves. “Desde então, a Força Aérea realizou um planejamento minucioso no sentido de preparar toda a infraestrutura necessária, como a adequação de hangares e hangaretes, a construção do prédio do F-39, a iluminação do pátio, a ampliação da capacidade energética etc. Além disso, o planejamento contemplou ainda a capacitação do efetivo com diversos cursos e treinamentos. Tudo está caminhando conforme previsto e certamente estaremos prontos quando os equipamentos e as aeronaves aqui chegarem'', garante.
O Comandante do 1º GDA, Tenente-Coronel Aviador Leandro Vinicius Coelho, destaca as expectativas com a aproximação da chegada do novo avião. “Será mais um marco na Aviação de Caça nestes 80 anos de história da FAB. O F-39 Gripen, com sua aviônica de última geração e com armamentos de alta capacidade, seguramente colocará a nossa Aviação de Caça em um patamar operacional nunca observado no nosso País”, afirma.
DIVISOR DE ÁGUAS
Assim como o P-47 Thunderbolt, o jato Gloster F-8 Meteor e o supersônico Dassault Mirage III, o F-39 Gripen chegará, ainda este ano, para marcar a história da aviação de caça da Força Aérea. Conhecido por sua eficiência, baixo custo de operação, elevada disponibilidade e avançada capacidade tecnológica, o vetor será responsável pela soberania e pela proteção da Nação, realizando missões variadas, como as de policiamento do espaço aéreo em regiões críticas. O emprego dessa aeronave trará um importante salto qualitativo e tecnológico ao Brasil devido a alguns dos recursos embarcados até então inéditos para a FAB.
HISTÓRICO
Celebrado em 22 de abril, o Dia da Aviação de Caça relembra o esforço e a audácia dos militares do Primeiro Grupo de Aviação de Caça (1º GAVCA), o Esquadrão Jambock, que, no auge da Segunda Guerra Mundial, a bordo dos caças P-47 Thunderbolt, cumpriam missões de combate contra alvos no norte da Itália.
Fotos: Sargento Johnson e Sargento Bianca/CECOMSAER
Fonte: Agência Força Aérea, por Tenente Cristiane
Edição: Agência Força Aérea
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Substituição dos ILS por modelos mais modernos permite uma maior disponibilidade dos sistemasnos pousos em condições meteorológicas adversas
A Comissão de Implantação do Sistema de Controle do Espaço Aéreo (CISCEA) finalizou com sucesso, em janeiro de 2021, a substituição de todos os Sistemas de Pouso por Instrumentos (ILS, do inglês Instrument Landing System) do Aeroporto Internacional de São Paulo (GRU Airport), em Guarulhos (SP).
O Sistema de Pouso por Instrumentos, também conhecido pela sigla ILS (do inglês Instrument Landing System) é um sistema de aproximação por instrumentos que dá uma orientação precisa ao avião que esteja na fase de aproximação final duma determinada pista, principalmente em condições meteorológicas adversas. Ele consiste em dois sistemas distintos: um deles mostra a orientação lateral do avião em relação à pista (Localizer), e o outro mostra o ângulo de descida, ou orientação vertical (Glide Slope).
O sistema é baseado na transmissão de sinais de rádio que são recebidos, processados e apresentados nos instrumentos de bordo das aeronaves.
Além dos ILS, foram instalados Equipamentos Medidores de Distância (DME, do inglês Distance Measuring Equipment), que permitem a substituição de equipamentos como o Marcador Externo (OM) e o Marcador Médio (MM), eliminando problemas de segurança e de manutenção nestes sítios, uma vez que estas instalações ficam em locais remotos e isolados, sujeitos a atos de vandalismo.
O aeroporto de Guarulhos, o maior complexo aeroportuário da América do Sul e a principal porta de entrada e saída de passageiros e cargas do Brasil, teve os seus quatro ILS substituídos por modelos mais modernos.
As substituições, coordenadas pela Divisão Técnica da CISCEA, foram iniciadas em 2019 e contaram com o apoio do ICA (Instituto de Cartografia Aeronáutica), do Grupo Especial de Inspeção em Voo (GEIV), do Subdepartamento de Operações (SDOP) do DECEA, de representantes da empresa Thales, da INFRAERO e da concessionária do aeroporto GRU Airport, em um longo processo que envolveu uma coordenação operacional de modo a minimizar o impacto nas operações aeroportuárias, além de treinamento específico para a equipe de manutenção.
“Por uma questão de segurança e confiabilidade, todo auxílio à navegação aérea é submetido a uma série de testes técnicos antes de ser homologado e disponibilizado para a aviação geral”, explicou o Engenheiro Carlos Eduardo Moreira Ramos Schaefer, da Divisão Técnica da CISCEA.
O Aeroporto Internacional de São Paulo já contava com a operação ILS, Categorias I, II e III, para aproximações de precisão. O "upgrade" de Categoriados equipamentos admitirá um incremento na segurança das operações de aproximação e pouso, tendo em vista que os novos equipamentos permitem que o ponto de decisão do piloto seja feito a 30 metros (100 pés) de altura e visibilidade horizontal sobre a pista de 175 metros, no caso Categoria III, acarretando o dobro da confiabilidade permitida para os equipamentos anteriores Categoria I, desde que haja adequações de infraestrutura no aeroporto e a aprovação pela ANAC.
Além disso, os novos ILS, mais modernos, agregarão novas funcionalidades como a capacidade de supervisão técnica à distância, outrora inexistente, que possibilitarão às equipes de manutenção em terra o acompanhamento online do status operacional do equipamento, bem como a realização de ajustes dos seus parâmetros remotamente.
Para o Coordenador de Manutenção de Sistemas de Navegação Aérea da Infraero Marcelo Citrangulo, a substituição dos ILS antigos, que já estavam obsoletos por falta de peças no mercado, facilita muito a manutenção. “As manutenções preventivas também são feitas como menos intervenção física no equipamento, visto que muitos sistemas estão informatizados e podem ser acessados pelo sistema de controle remoto instalado no prédio da Torre de Controle. Os novos ILS com DME possibilitaram também a desativação do marcador médio e do marcado externo, que são sítios que ficam a uma distância muito grande do aeroporto e que trazem frequentes problemas de manutenção e segurança local. Além disso, o equipamento novo, por possibilitar um ajuste via rede de computadores, facilita também a logística dos voos do GEIV, pois é possível fazer o voo de check com menor número de técnicos presentes nos equipamentos”.
Para interferir o mínimo possível no cotidiano de operações do aeroporto mais movimentado do País, os especialistas efetuaram uma análise do histórico de tráfego aéreo e da meteorologia da localidade, de forma a definir o período do ano com as melhores condições climáticas, e o menor movimento de aeronaves, para as substituições dos ILS, que ocorreram uma de cada vez.
Atualmente, o Aeroporto Internacional de São Pauloé o único no Brasil que dispõe de um sistema ILS CAT IIIA, que quando operando associado a um Sistema de Luzes de Aproximação (ALS), permite ao piloto da aeronave pousar sem enxergar a pista de pouso.
“Os ILS instalados pela CISCEA são sistemas de última geração que utilizam o mais recente projeto de tecnologia de estado sólido, com maior confiabilidade e estabilidade de sinal. Estamos mantendo a regularidade da atualização e aprimoramento dos sistemas de auxílio à navegação aérea e restringindo ao máximo a possibilidade de inoperância por parte de algum equipamento”, afirmou o chefe da Divisão Técnica da CISCEA, Tenente-Coronel Engenheiro Gustavo Erivan Bezerra Lima.
Dentro do Programa de Modernização do Espaço Aéreo Brasileiro, a CISCEA, desde 2009, vem substituindo ou implantando ILS/DME em vários aeroportos, principalmente naqueles onde o movimento de aeronaves é maior, tais como Congonhas (SP), Galeão (RJ), Brasília (DF), Salvador (BA), Curitiba (FL), Recife (PE), entre outros.
Para o presidente da CISCEA, Major-Brigadeiro do Ar Sérgio Rodrigues Pereira Bastos Junior, o Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), por meio da CISCEA, está otimizando o fluxo aéreo, gerando maior economia de combustível para os usuários, além de uma significativa contribuição ao meio ambiente, uma vez que serão mitigadas as necessidades de possíveis alternativas das aeronaves em nosso espaço aéreo. “A substituição dos ILS por modelos mais modernos permite manter a confiabilidade e a segurança nas operações aéreas dos aeroportos, além da maior disponibilidade destes sistemas nos pousos, devido a menor quantidade de intervenções nos equipamentos para manutenção”, disse o oficial general.
Com essas modernizações, o DECEA ratifica sua missão de contribuir para a garantia da soberania nacional, por meio do gerenciamento do Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro.
Seção de Comunicação Social da CISCEA
1º Tenente Relações Públicas Camille Barroso
Fonte e fotos: Jorge Kushikawa, Carlos Eduardo Schaefer e Thayana Mayrink Lessa (DT/CISCEA)
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