Em continuidade ao processo de modernização da rede de radares de vigilância de rota do Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro (SISCEAB), o último radar da série TRS2230, que estava em operação em Jaraguari (MS), foi desligado no dia 10 de julho, dando início às atividades de substituição pelo moderno radar LP23SSTNG conduzidas pela Comissão de Implantação do Sistema de Controle do Espaço Aéreo (CISCEA).
Último radar da série TRS2230 é desligado em Jaraguari (MS)
O radar LP23SSTNGvem como uma solução tecnológica importante na substituição dos radares tridimensionais TRS2230, que operaram desde a década de 80 em diversas localidades.
O chefe do Setor de Radiodeterminação da CISCEA, Major Engenheiro R1 Manoel Luiz Ribeiro participou da implantação de alguns desses radares TRS2230 na década de 80. “É um radar histórico. Eu assumi o comando do Destacamento de Cangucú (RS) em 1985 e de Jaraguari (MS) em 1988. Estive nos dois destacamentos, do início da implantação até o término dos testes de aceitação, iniciando, logo depois dos testes, a operação assistida, na época se chamava apoio técnico. Foram sete longos meses esmiuçando o equipamento, explorando todas as suas funções. Com isso o SISCEAB montou uma sólida equipe de manutenção, que garantiram o bom funcionamento dos equipamentos, por vários anos. Agora, 32 anos depois, acompanho a substituição desses radares pelos modernos LP23SST-NG, fornecidos pela empresa OMNISYS”.
Para o Engenheiro Ribeiro, os 13 radares TRS2230 têm uma história muito interessante no cenário do controle do espaço aéreo no Brasil. “Foram possantes radares para a tecnologia da época de 80, eu diria até que eles eram melhores que alguns outros similares que vieram depois. Tinha um jeito de fazer radar antes e um jeito de fazer radar hoje, é muito bom poder acompanhar essa evolução”, declarou.
Comandante da Ala 5, o Brigadeiro Macedo desliga o radar em ato simbólico
O radar primário LP23SST-NG, associado a um radar secundário RSM970S, permite a detecção e alvos não colaborativos e colaborativos. Além disso, o radar LP23SST-NG produz informações de distância, azimute e de altitude dos alvos aéreos, trazendo benefícios operacionais tanto para o controle civil das aeronaves, quanto para a defesa aérea e, consequentemente, contribuindo para segurança pública na detecção de aeronaves não autorizadas, aumentando a capacidade de vigilância do espaço aéreo no território nacional e permitindo a constante garantia da segurança em voo.
A mais, como capacidades militares, o radar LP23SST-NG pode emitir sinais em múltiplas frequências, monitora interferências, criando os chamados strobes, além de disponibilizar um extenso mapa com as frequências interferidas. O radar ainda detecta alvos rápidos e alvos lentos, no caso, também em baixa altitude, inclusive pairado.
Radar LP23SST-NG implantado em Canguçu (RS)
“Trata-se de um novo modelo operacional de emprego para os sistemas de radares de vigilância de rota, com o incremento de capacidades militares e de altimetria em radares de vigilância bidimensionais. Além disso, os radares LP23SST NG serão fabricados no Brasil, o que permite acesso rápido e fácil a toda a sua cadeia produtiva e agiliza os procedimentos de assistência técnica por parte do fabricante, minimizando os custos de logística e mantendo um alto nível de disponibilidade dos equipamentos”, explicou o Chefe da Divisão Técnica da CISCEA, Tenente-Coronel Engenheiro Marcos Aurélio Valença Belchior.
A substituição dos radares faz parte de um planejamento estratégico iniciado em 2011 pelo Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), pela necessidade de atualização da rede de infraestrutura e em consonância com a manutenção do padrão de qualidade alcançado no provimento seus serviços, visando segurança e fluidez dos voos no espaço aéreo brasileiro e defesa aérea do País.
“A CISCEA possui a atribuição de implantar, modernizar e substituir os equipamentos do Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro. Os radares TRS2230 foram adquiridos na década de 1980 e foram um dos radares fixos mais versáteis até hoje empregados no SISCEAB. Sua substituição, em seu fim de ciclo de vida, pelos modernos radares LP23SSTNG, propiciará um ganho importante na cobertura em zonas de segurança nacional por meio da sua grande capacidade de detecção de movimentos aéreos não cooperativos”, explicou o Presidente da CISCEA, Brigadeiro do Ar Sérgio Rodrigues Pereira Bastos Junior.
Seção de Comunicação Social da CISCEA
1º Tenente Relações Públicas Camille Barroso
Fonte: Divisão Técnica da CISCEA
O Pai da Aviação e Patrono da Aeronáutica Brasileira, Alberto Santos-Dumont, dedicou sua vida à aviação. Nascido em 20 de julho de 1873, foi o primeiro aeronauta a alcançar, definitivamente, a dirigibilidade dos balões e a voar num aparelho mais pesado que o ar com propulsão própria. Para celebrar a data, a Força Aérea Brasileira produziu um vídeo especial sobre Santos-Dumont.
Seção de Comunicação Social da CISCEA
1º Tenente Relações Públicas Camille Barroso
Ontem, dia 10 de fevereiro, foi realizada a cerimônia militar de passagem da vice-presidência da Comissão de Implantação do Sistema de Controle do Espaço Aéreo (CISCEA), do Coronel Engenheiro André Eduardo Jansen ao Coronel Aviador Cyro André Cruz.
Presidida pelo Major-Brigadeiro Engenheiro Fernando Cesar Pereira Santos, presidente da CISCEA, os eventos alusivos à passagem do cargo tiveram início às 14:30h com o descerramento do quadro do vice-presidente substituído na galeria de vice-presidentes da CISCEA, seguido da solenidade militar de passagem da vice-presidência, que ocorreu no salão nobre da CISCEA.
Estiveram presentes o Major-Brigadeiro do Ar Walcyr Josué De Castilho Araujo, vice-diretor do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA); o Major-Brigadeiro R1 Alvaro Luiz Pinheiro da Costa; o General Carlos Eduardo Jansen, pai do Coronel Jansen, o Brigadeiro do Ar Sérgio Rodrigues Pereira Bastos Junior, chefe do Subdepartamento de Administração (SDAD) do DECEA; o Brigadeiro do Ar Mauricio Ferreira Hupalo, chefe do Subdepartamento Técnico do DECEA, o Brigadeiro Engenheiro R1 Rogério Ribeiro Machado e o Brigadeiro Engenheiro R1 Luiz Antônio Freitas de Castro, além de militares e civis do efetivo do DECEA, CISCEA, ICA e representantes de empresas parceiras.
O Coronel Cyro agradeceu e homenageou o Coronel Jansen, destacando suas características mais marcantes. “Não poderia deixar de mencionar a amizade, a forma com a qual eu fui recebido aqui no ano passado. É importante pontuar a tranquilidade que o Jansen tem para lidar com os assuntos, a serenidade e a sensatez. Mas vou pontuar outras duas características que eu acho importante. A primeira é o otimismo, a maneira positiva de encarar as coisas. A outra é a ousadia, claro que nada é feito sem ter o pé no chão, mas a coragem representa muito das suas atitudes aqui. Vamos dar continuidade ao seu trabalho. Desejo todo o sucesso no PAME-RJ, conte com a gente, sempre”.
Em seu discurso, o Coronel Jansen relembrou o convite do então Brigadeiro Engenheiro Fernando, chefe do Subdepartamento Técnico (SDTE) do DECEA, para assumir a função de chefe da Divisão Técnica da CISCEA. “Lembro que ele me deu um dia para que eu pensasse no assunto, mas não levei mais do que dois segundos para aceitar esse grande desafio, que me proporcionou trabalhar com uma equipe ímpar”.
O Coronel Engenheiro destacou a consecução de projetos que representam uma verdadeira quebra de paradigma, cuja condução exige dos profissionais elevados níveis de experiência, conhecimento técnico e resiliência. “As dificuldades e os aborrecimentos são superados, e muito, pela satisfação indescritível de testemunhar projetos de grande porte serem idealizados e concretizados dentro na nossa passagem pela Unidade”. Ao final, o Coronel Jansen agradeceu cada uma das pessoas com as quais trabalhou diretamente, lembrando dos valiosos ensinamentos que seu pai lhe proporcionou. “...não se deve perder sequer uma oportunidade de demonstrar gratidão às pessoas tornaram tudo possível”.
O presidente da CISCEA convidou o General R1 Carlos Eduardo Jansen, pai do Coronel Jansen, para proferir algumas palavras. O General iniciou seu discurso exaltando sua satisfação em estar presente e o apreço ilimitado e admiração profunda que tem por seu filho. “Ele desenvolveu todos os seus valores, não por um intuito determinado de transmitir-lhe algum tipo de instrução ou de correções pontuais. Os traços essenciais ele já os possuía. Eu não precisava, ao contrário do que ele disse, ensiná-lo a andar, por que desde a primeira vez que eu o vi, eu sempre soube que ele saberia correr”.
O pai do Coronel Jansen relembrou uma parábola que lhe contou certa vez, que se destinava a exemplificar as virtudes que ele reputava inerentes à profissão das armas, ao soldado, e que de certa maneira ilustrava o caminho que ele trilharia depois, pois se referia de forma flagrante à Força Aérea, o seu destino. “E eu lhe narrei o diálogo entre Dédalo, o arquiteto mitológico dos labirintos e seu filho Ícaro, quando este se preparava para o voo pioneiro que abriria mais largos e profundos horizontes para toda a humanidade. Ele perguntou ao seu pai: ‘Pai, a que altura eu devo restringir a minha tentativa?’ E ele respondeu-lhe: ‘Não tão alto que as emanações do carro de Apolo possam derreter a cera que prendem as tuas asas, mas também nem tão baixo, que afinal de contas não tenha valido a pena aprender a voar’”.
O presidente da CISCEA iniciou suas palavras ressaltando a sorte que teve com os oficiais que passaram pela vice-presidência da CISCEA durante a sua gestão. “Especificamente o Jansen, primeiro engenheiro a ter essa oportunidade, oficial com grande conhecimento técnico e grande capacidade de trabalhar em equipe”.
O Major Brigadeiro pontuou novamente a educação do Coronel Jansen, reconhecendo que as realizações da CISCEA no último ano foram motivadas pelo grande apoio que teve do seu braço direito e da equipe de militares e consultores da CTCEA, destacando em seguida algumas ações do Coronel Jansen ao longo da carreira que teve a satisfação de participar. “Jansen, agradeço muito esse período na CISCEA por sua dedicação e tenho certeza de que seu comando no PAME-RJ será coroado de muito êxito, me orgulho de sua carreira e de ter contribuído de alguma forma para esse sucesso”.
Ao Coronel Cyro, o presidente da CISCEA declarou: “Grande profissional, dedicado e focado, experiente no Sistema, gestor competente. Nesses últimos 4 meses nós trabalhamos muito juntos, todos os temas da CISCEA, foram tantos debates que valeram por anos. Sabemos que os desafios são enormes, mas quando vemos as realizações da CISCEA, todo o esforço vale à pena, conte comigo sempre. Sucesso!”.
O Coronel Aviador Cyro André Cruz é natural de Niterói (RJ) e tem 46 anos. Ingressou na Força Aérea em 1990, tendo sido promovido ao atual posto em 31 de agosto de 2018. Durante sua carreira, realizou vários cursos operacionais e acadêmicos. Possui aproximadamente 2.000 horas de voo. Seus últimos cargos foram os de Comandante do Destacamento de Controle do Espaço Aéreo de Porto Alegre, Comandante do 1° Grupo de Comunicações e Controle e Chefe da Divisão Operacional da Comissão de Implantação do Sistema de Controle do Espaço Aéreo. Foi condecorado com as medalhas Militar de Prata, Mérito Santos Dumont, Mérito Aeroterrestre de Bronze e Ordem do Mérito Aeronáutico, grau Cavaleiro.
Seção de Comunicação Social da CISCEA
Texto: 1º Tenente Relações Públicas Camille Barroso
Fotos: Luiz Eduardo Perez Batista (ASCOM/DECEA)
Em continuidade ao processo de modernização da rede de radares de vigilância de rota que integram o Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro (SISCEAB), a Comissão de Implantação do Sistema de Controle do Espaço Aéreo (CISCEA) firmou, em 30 de janeiro de 2020, um contrato com a empresa Raytheon-UK para a modernização dos sete radares secundários CONDOR COSSOR MK2 existentes na área do Quarto Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle do Tráfego Aéreo (CINDACTA IV).
Os radares foram implantados no início dos anos 2000, dentro do escopo do Projeto do Sistema de Vigilância da Amazônia (SIVAM), e estão em operação contínua desde a sua instalação. Os dados radar gerados por esses equipamentos estão integrados no Centro de Controle de Área Amazônico, no CINDACTA IV, em Manaus - AM.
Os sítios radar contemplados com a modernização dos radares secundários CONDOR COSSOR MK2 estão localizados nas cidades de Rio Branco - AC, Porto Velho - RO, Conceição do Araguaia - PA, Macapá - AP, Santarém - PA, São Luís - MA e Vilhena - RO.
Os radares em pauta, após a modernização, terão a designação MK3, sendo muito mais integrados do que os radares atuais e com menor número de módulos eletrônicos, reduzindo o consumo de energia elétrica e propiciando maior capacidade de monitoração e de controle.
“A presente modernização tem o objetivo de assegurar, não somente as condições de manutenção de cada radar, mas, em especial, preservar, de modo inequívoco, as condições de segurança operacional relacionadas com circulação aérea geral na Região Amazônica”, afirmou Manoel Luiz Ribeiro, chefe do Setor de Radiodeterminação da CISCEA.
“Estamos entusiasmados por ter a CISCEA como cliente novamente e por expandir nossas operações no Brasil. Esperamos manter a Amazônia uma região segura para o seu controle de tráfego aéreo”, declarou Gerry Gillies, gerente comercial e de contratatos da empresa Raythaeon UK.
Participaram do evento o presidente da CISCEA, Major-Brigadeiro Engenheiro Fernando Cesar Pereira Santos, o vice-presidente da CISCEA, Coronel Engenheiro André Eduardo Jansen, o chefe da Divisão Técnica, Tenente-Coronel Engenheiro Marcos Aurélio Valença Belchior, o chefe da Divisão Administrativa, Major Intendente Alberto de Almeida Gomes, os gerentes de projetos Cláudio Macedo e Paulo Roberto P. Magalhaes, os representantes da empresa Raytheon UK, Scott Barbary, Gerry Gillies e Nigel MacVean, e o representante da empresa Raytheon no Brasil, Major-Brigadeiro R1 Álvaro L. Pinheiro da Costa.
Seção de Comunicação Social da CISCEA
Texto e Fotos: Tenente Relações Públicas Camille Barroso
Fonte: Manoel Luiz Ribeiro
A Comissão de Implantação do Sistema de Controle do Espaço Aéreo (CISCEA) celebrou, no dia 16 de janeiro, a assinatura de um contrato com a empresa ACAMS que prevê a modernização do Sistema Integrado para Torres de Controle (TWR) nos aeroportos de Guarulhos (SP), Campinas (SP) e Santos Dumont (RJ).
Considerados de extrema relevância para o país por serem os aeroportos de maior movimento em número de passageiros, centro de cargas e ponte aérea entre Rio de Janeiro e São Paulo, respectivamente, as Torres de Controle têm por atribuição a prestação de serviço de Controle de Tráfego Aéreo às aeronaves que chegam e partem dos respectivos aeródromos.
O serviço de tráfego aéreo vem passando por uma evolução tecnológica constante para atender ao aumento da demanda de passageiros, bem como a segurança de voo. Neste contexto, esta modernização visa disponibilizar as informações necessárias, de forma integrada, nas posições operacionais de controle da TWR, onde propiciará melhora significativa no ambiente do órgão, diminuindo a carga de trabalho dos controladores de voo.
“A adoção de uma solução técnica, que integre todos os sistemas de controle de tráfego aéreo utilizados por uma Torre de Controle, concorre de maneira vantajosa em relação à contratação individualizada de cada um desses sistemas em todos os aspectos, quer sejam eles técnicos, logísticos, financeiros e administrativos”, explica o Gerente do projeto, Renato Di Iulio.
Participaram do evento o presidente da CISCEA, Major-Brigadeiro Engenheiro Fernando Cesar Pereira Santos, o chefe da Divisão Técnica, Tenente-Coronel Engenheiro Marcos Aurélio Valença Belchior, o Diretor da empresa ACAMS, Odd Thodesen, o Diretor da empresa ATC Systems, Mauro Mello, além de civis e militares relacionados ao projeto.
Seção de Comunicação Social da CISCEA
Texto e Fotos: 1º Tenente Relações Públicas Camille Barroso
Fonte: Renato Di Iulio
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