A Comissão de Implantação do Sistema de Controle do Espaço Aéreo (CISCEA) passou pelo processo de recertificação do Sistema de Gestão da Qualidade (SGQ) segundo os critérios da nova norma ISO 9001:2015, conquistando assim mais uma etapa no processo já existente.
O certificado de qualidade foi recomendado ontem, dia 02 de agosto, pelos auditores Alessandro Claudino Pereira e Carlos Lemos Júnior Auditor, do Instituto de Fomento e Coordenação Industrial (IFI), responsáveis pela auditoria realizada na Comissão de 31 de julho a 02 de agosto, vistoriando as diversas sessões e avaliando todos os processos internos.
Estiveram presentes o Presidente da CISCEA, Major-Brigadeiro Engenheiro Fernando Cesar Pereira Santos; o Vice-Presidente, Coronel Aviador Álvaro Wolnei Guimarães; o Chefe da Divisão Operacional, Coronel Aviador José Augusto Peçanha Camilo; o Coordenador de Qualidade da CISCEA, Paulo Carvalho, além de representantes das sessões auditadas.
A auditoria tem o objetivo de avaliar a capacidade do SGQ quanto ao atendimento aos requisitos estatutários, regulamentares e contratuais e avaliar a sua eficácia quanto ao atendimento contínuo aos objetivos definidos, além de identificar áreas para possível melhoria do Sistema.
O IFI é o órgão da Aeronáutica, subordinado ao Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), acreditado como Organismo de Certificação de Sistemas de Gestão da Qualidade pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (INMETRO), atuando na área da qualidade aeroespacial com recursos humanos extremamente capacitados.
A ISO 9001 é a norma de gestão da qualidade mais conhecida no mundo. A norma é publicada pela ISO (a Organização Internacional para Padronização – International Organization for Standardization), uma organização internacional que cria e distribui normas que são aceitas no mundo todo.
Obter a certificação ISO 9001 demonstra o compromisso da organização com a qualidade do serviço e a melhoria contínua dos processos internos. Os requisitos exigidos pela norma ISO 9001 auxiliam numa maior capacitação dos colaboradores, o monitoramento do ambiente de trabalho, verificação da satisfação dos clientes, colaboradores, fornecedores e, entre outros pontos, proporcionam maior organização e produtividade.
A nova versão 2015 da ISO 9001 introduz mudanças muito significativas na abordagem e no conceito do SGQ, como a introdução do pensamento de risco no SGQ, melhor integração com outras atividades do negócio, descentralização do sistema e disseminação das responsabilidades, maior envolvimento da alta direção e maior ênfase no monitoramento do desempenho, trazendo muitos desafios para a implementação, transição e manutenção do SGQ.
No ano passado, a CISCEA promoveu um Curso de Formação de Auditores Internos de Gestão da Qualidade e aplicação da nova norma 2015, além de um briefing sobre Gestão Documental. Em maio deste ano, a CISCEA disponibilizou um treinamento para conscientização da Mentalidade de Riscos na Gestão Empresarial. Essas iniciativas tiveram o objetivo de a atender às orientações do Comando da Aeronáutica e da atualização do processo de Gestão da Qualidade na nova norma ISO 9001:2015.
Segundo Paulo Carvalho, Assessor de Qualidade da CISCEA, o alto comprometimento e apoio da Presidência e Vice-Presidência da CISCEA, em coerência com as boas práticas de melhoria contínua, têm elevado o nível de qualidade interna e externa em seus empreendimentos. Ele afirma, ainda, que essa última manutenção foi um divisor de águas no Sistema de Gestão da Qualidade desta Comissão. "As novas implementações, como a plataforma BIM (do inglês, Building Information Modelling) será um divisor de águas no que tange ao projeto, fiscalização e pós entrega dos produtos da CISCEA. Resumidamente, os órgãos operacionais já estarão, durante o projeto, visualizando suas necessidades, sendo atendidas e posteriormente mantidas. Esta modelagem da construção, com seu conjunto de informações geradas, será mantida em todo o ciclo de vida do projeto (construção). No Centro de Tecnologia da Informação (VTI), o acompanhamento da saúde dos servidores (computadores) via software demonstra a preocupação com a melhoria contínua e a resposta preventiva com relação à qualidade e atendimento imediato aos sistemas da CISCEA”, esclareceu Paulo.
Os auditores destacaram que os pontos fortes encontrados durante a auditoria foram o comprometimento da alta direção com a melhoria contínua da eficácia do SGQ, a capacitação e a previsão de aumento de escopo de certificação da CISCEA, além do investimento contínuo em tecnologias de ponta. “A CISCEA está de parabéns com relação aos investimentos em tecnologia que auxiliam o Sistema de Gestão da Qualidade como um todo. A implementação de alguns sistemas tem auxiliado bastante a avaliação dos processos. O SIGA, por exemplo, é bem completo, um sistema muito bom. A organização já vem sendo auditada há tempos e a gente só percebe melhorias”, elogiou Alessandre, o auditor líder do IFI.
O Presidente da CISCEA, Major-Brigadeiro Engenheiro Fernando Cesar Pereira Santos, destacou que a cultura da CISCEA é de documentar muito bem seus processos e só vê vantagens em percorrer uma lógica documental, e a certificação é um instrumento para saber que o processo está conforme. “Nossa estratégia já era ampliar o escopo de certificação. A gente valoriza esse processo, fazemos investimentos pesados, muitos recursos, precisamos mesmo ter essa rastreabilidade do processo, não por propaganda, mas por necessidade. Agradeço a vocês e à equipe aqui”.
A previsão é de que o escopo de certificação da CISCEA atinja, até o ano de 2020, 100% da Comissão.
Seção de Comunicação Social da CISCEA
Texto e fotos: 1º Tenente Relações Públicas Camille Barroso
O Comando da Aeronáutica (COMAER), por meio do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), prossegue em seu constante empenho de manutenção da qualidade dos serviços prestados pelos meios técnicos do Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro (SISCEAB).
Diante desta premissa, através de Diretriz, o Estado-Maior da Aeronáutica (EMAER) designou o DECEA como Organização Certificadora, definindo os macroprocessos da garantia da qualidade dos produtos implantados no SISCEAB.
O DECEA delegou ao Instituto de Controle do Espaço Aéreo (ICEA) a responsabilidade pela execução das atividades correlatas. Em 2017, formou um Grupo de Trabalho (GT) para discutir e propor os processos e a base normativa dessa atividade, no âmbito do SISCEAB. Assim, na Primeira Jornada de Certificação, realizada no ICEA, o tema passou a ser discutido, no intuito de sua estruturação conceitual e normativa.
Nessa segunda edição do evento, que aconteceu no período de 10 a 13 de julho de 2018, também no ICEA, o GT finalizou uma minuta de Instrução do Comando da Aeronáutica (ICA) versando sobre a implantação dos Produtos de Controle do Espaço Aéreo (PCEA) nas Estações Prestadoras de Serviços de Telecomunicações e de Tráfego Aéreo (EPTA) – a definir os processos e critérios a serem utilizados na atividade.
O trabalho contou com representantes de Organizações subordinadas ao DECEA e que participam ativamente das discussões. A Comissão de Implantação do Sistema de Controle do Espaço Aéreo (CISCEA), como principal implantadora; o Parque de Material de Eletrônica da Aeronáutica do Rio de Janeiro (PAME-RJ), Órgão Central de Manutenção (OCM), que provê os profissionais e técnicos com competências necessárias para atuar nas tarefas de Avaliação da Conformidade; o ICEA, com sua responsabilidade de executor das atividades; e o Segundo Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA II), Órgão Regional com expressivo volume de EPTA vinculadas.
"Cada representante de Organização trouxe seu olhar sobre a qualidade na implantação de produtos nas EPTAS”, declarou o Coronel Aviador Cláudio Luiz Rocha Carneiro, Adjunto do Subdepartamento Técnico (SDTE), que classificou o resultado dos trabalhos como muito bom. No evento, contribuiu também o Subdepartamento de Operações (SDOP) do DECEA, que atuou decisivamente como responsável pela base normativa.
Outro objetivo da II Jornada de Certificação foi a proposta de instrumentos normativos para padronizar as ações das Divisões Técnicas dos Órgãos Regionais do DECEA nas etapas de apreciação de projetos e de homologação de implantação de PCEA em EPTA, em complemento à ICA 63-10. Dessa forma, o trabalho de Avaliação da Conformidade objetiva permear a qualidade em todas as fases do ciclo de vida dos PCEA.
"O trabalho de Avaliação da Conformidade para o SISCEAB é um processo de certificação mais robusto, mais adequado. Há necessidade implementar validações direcionadas para o nosso sistema, de acordo com as normas do SISCEAB, garantindo, assim, a qualidade. Nosso objetivo é construir uma base normativa com certificação moderna, espelhando em modelos já testados", justificou o engenheiro Luiz Anésio de Miranda, do SDTE.
Representantes da CISCEA, que participaram dessa Segunda Jornada, saíram satisfeitos com os resultados do encontro. Se aprofundaram de tal forma que trouxeram grandes contribuições, amadurecendo os assuntos tratados. "Nesses quatro dias do evento, tivemos um espaço de interação, pois cada Organização deu a sua visão do processo, enriquecendo a reunião", disse o Coronel Cláudio.
A CISCEA marcou sua participação na Segunda Jornada de Certificação com representantes da Divisão Operacional (DO) e da Divisão Técnica (DT). O chefe da DO da CISCEA, Coronel Aviador José Augusto Peçanha Camilo, fez uma apresentação sobre o processo empregado pela Comissão para a implantação de Sistemas de Tecnologia da Informação (TI). Na ocasião, os participantes do evento puderam conhecer o processo de aquisição, com suas fases, documentação e eventos exigidos às empresas contratadas para o desenvolvimento de sistemas de TI empregados no SISCEAB.
Segundo o Coronel Camilo, "o evento representou mais uma oportunidade para se demonstrar a contribuição dos processos realizados pela CISCEA na avaliação de conformidade de PCEA atribuída ao ICEA". Já o Tenente-Coronel Engenheiro Marcos Aurélio Valença Belchior, que participou também da Primeira Jornada, representando a Divisão Técnica da CISCEA, percebeu o nível de maturidade alcançado nas proposições de alteração de normas: "Nos aproximamos mais e mais da realidade das implantações de sistemas que suportam o SISCEAB, tornando a melhoria dos processos e a Avaliação da Conformidade um sonho possível”.
O objetivo final será utilizar os processos no evento trabalhados para garantir que os produtos implantados no âmbito do SISCEAB atendam aos requisitos de segurança, operacionais e técnicos, quando aplicados nas atividades do Controle do Espaço Aéreo, garantindo assim os níveis historicamente percebidos nos serviços do DECEA.
Seção de Comunicação Social da CISCEA
Edição: 1º Tenente Relações Públicas Camille Barroso
Texto: Daisy Meirelles (ASCOM/DECEA)
Fotos: S2 Alencar (ICEA)
Pensar em obras e projetos é, acima de tudo, pensar em pessoas e, consequentemente, em sua felicidade. Nos últimos anos as atenções têm se voltado cada vez mais para a satisfação das necessidades básicas das pessoas, como segurança, saúde, pertencimento e bem-estar.
Sempre em sintonia com o que há de mais moderno em conceitos de bem-estar e funcionalidade dos ambientes onde trabalha seu efetivo, o Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA) fomentou o debate sobre projetos de arquitetura e engenharia voltados para a edificação de espaços inteligentes e felizes.
O evento, sediado na Comissão de Implantação do Sistema de Controle do Espaço Aéreo (CISCEA), foi realizado na tarde desta quinta-feira, dia 12 de julho e contou com a presença de militares e civis, arquitetos, engenheiros e profissionais da área de construção, sustentabilidade, qualidade e meio ambiente do Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro (SISCEAB).
Com o tema “Espaços inteligentes e sustentabilidade: índice de felicidade, uso dos recursos na Arquitetura, Engenharia e Construção”, a apresentação em formato de debate foi ministrada pela arquiteta e urbanista PhD, Drª Patrícia Fraga, que é Diretora Administrativa da Abayomi Talks, empresa multidisciplinar voltada para estudos, pesquisas e elaboração de projetos para adaptação de espaços públicos e privados e promoção da felicidade.
Para colaborar com ideias e indagações, acompanharam a Drª Patrícia o Mestre e doutorando em Arquitetura e Urbanista Arnaldo Lyrio e a arquiteta do DECEA, Ana Beatriz Brandão.
Abrindo o evento, a palavra foi passada ao Presidente da CISCEA, Major-Brigadeiro Engenheiro Fernando Cesar Pereira Santos, que deu boas-vindas a todos e destacou a relevância de se pensar nos espaços de trabalho como mantenedores da felicidade e do bem-estar do efetivo.
Segundo Patrícia, a abordagem de arquitetura e urbanismo para projetos voltados a Cidades Inteligentes e Cidades Felizes, traz os conceitos de uma arquitetura que faz uso de tecnologias que tragam sustentabilidade, bem-estar e conforto para pessoas.
“Voltamos o olhar para pessoas. Se estamos focando nas pessoas, estamos focando na felicidade”, comenta a Doutora.
Para que se possa avaliar a qualidade dos ambientes, é necessário estabelecer indicadores, que, uma vez definidos e atingidos, demonstrem suas características.
Muitos são estes indicadores. Quando se trabalha a questão das Cidades Inteligentes, por exemplo, estão envolvidos o ambiente construído, os serviços de cidade digital, as fontes de energia, saúde, planejamento, mobilidade e acessibilidade, segurança pública, finanças e economia, telecomunicações, gestão de resíduos e água e esgoto.
Nos últimos anos a Felicidade passou a ser o novo indicador para o estudo de cidades inteligentes.
Assim como o Produto Interno Bruto (PIB), que é um indicador, a Felicidade Interna Bruta (FIB) é um grande indicador para aferir a qualidade de uma cidade, ou de um determinado espaço.
Dentro das áreas abarcadas pelo FIB estão os seguintes tópicos: PIB, assistência social, expectativa de vida saudável, liberdade para escolhas de vida, generosidade, percepção de corrupção e distopia, que, diferente da utopia, é um lugar imaginário de grande opressão e privação.
Assim, dentro dos indicadores de Felicidade estão o bem-estar psicológico, a saúde e a educação, o uso do tempo, as diversidades cultural e ecológica e as resiliências, a vitalidade comunitária e os padrões de vida.
De acordo com Patrícia, as informações são cruzadas para cada ponto estudado, buscando, em todas as derivações analisar os espaços visando torna-lo tanto inteligente, quanto feliz.
Trazendo estes conceitos para a nossa realidade, Arnaldo discorreu sobre a cidade do Rio de Janeiro. “Uma cidade inteligente e feliz hoje não aconteceu de uma hora para outra. Foi um processo de anos. Por isso é possível pensar sobre a aplicação destes conceitos para o Rio de Janeiro”, explicou.
O Major-Brigadeiro Fernando levantou as questões políticas que vão além dos contextos da arquitetura, da construção do espaço inteligente e feliz. Ele indagou sobre outras barreiras que podem inviabilizar ou dificultar a edificação deste espaço, tais como as econômicas, sociais, culturais.
Arnaldo contra argumentou dizendo que todas estas questões são sempre levadas em consideração quando se elabora um projeto. Ele só se forma a partir delas.
O arquiteto e urbanista ainda comentou sobre os impactos destes interesses conflitantes, mostrando o quanto as resistências limitam as propostas para o desenvolvimento da cidade pensada para pessoas.
“O trabalho então”, explica Arnaldo, “é feito a partir justamente destes conflitos e impactos, para que se possa trazer novas soluções que cheguem cada vez mais próximo do que é idealizado”.
Questões como acessibilidade, por exemplo, foram – e ainda são – amplamente debatidas. “Pensar em um ambiente feliz é pensar além, antevendo situações adversas e como trazer soluções para as mesmas”.
Conceitos de felicidade, por serem muito pessoais, podem ser muito abrangentes, levando a opiniões realmente muito díspares. Assim, os estudiosos se põem a pensar sobre como cada pessoa se sente num determinado espaço e como este espaço a faz feliz.
Aqui no DECEA as obras e os projetos já levam em conta os Indicadores de Felicidade, como saúde e governança, que vêm sendo trabalhados, por exemplo, através da Gestão de Resíduos, que já está em andamento com atividades coordenadas pelo Departamento em conjunto com as suas Unidades Subordinadas, com apoio de outras instituições governamentais e privadas.
Como exemplos de cidades brasileiras que já aplicam os conceitos de inteligência e felicidade, Patrícia citou Madre de Deus, no interior da Bahia, onde está o melhor salário dos professores públicos do Brasil; Curitiba, cidade inteligente, reconhecida pela agilidade dos serviços, pelo aspecto ambiental (qualidade do ar, parques, recolhimento de lixo...) e de transporte e acessibilidade.
O Gerente de Infraestrutura da CISCEA, engenheiro Paulo Oggi, destacou que as cidades felizes não necessariamente são inteligentes, na acepção tecnológica de sua infraestrutura e funcionalidade.
“Outros pontos são avaliados e levados em consideração, sempre em busca do atendimento das pessoas. O assunto felicidade – quando vem sendo tratado de baixo para cima, vem como fruto da vontade das pessoas. Quando vem de cima para baixo, vêm das decisões das autoridades públicas e privadas sobre o que será feito para atender às demandas”.
Por fim, Patrícia destacou que estes são temas complexos, que, por sua natureza, contam com o relevante tratamento multidisciplinar, envolvendo profissionais de diversas áreas que se complementam em saber, tais como arquitetos, engenheiros, designers, educadores, advogados, entre outros.
Seção de Comunicação Social da CISCEA
Edição: 1º Tenente Relações Públicas Camille Barroso
Texto: Telma Penteado (ASCOM/DECEA)
Fotos: Fábio Maciel (ASCOM/DECEA)
O Chefe da Divisão Operacional (DO) da Comissão de Implantação do Sistema de Controle do Espaço Aéreo (CISCEA), Coronel Aviador José Augusto Peçanha Camilo, acompanhado de assessores técnicos, visitou o Instituto de Cartografia Aeronáutica (ICA), na última sexta-feira, dia 29 de junho de 2018, como parte do esforço da DO, no sentido de aumentar o estreitamento das relações com as unidades beneficiadas pelos projetos previstos no Plano Setorial (PLANSET) do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), cujas execuções estejam a cargo da CISCEA/DO.
Coronel Camilo apresenta o Programa DECEA-EUROCONTROL ao ICA
Na oportunidade, o Diretor do ICA, Tenente-Coronel Aviador Ricardo da Silva Miranda, fez uma apresentação sobre o funcionamento daquele Instituto, enfatizando os aspectos operacionais relacionados às atividades de AIM-BR (Gestão de Informações Aeronáuticas do Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro, do inglês Aeronautical Information Management), incluindo temas e evoluções relacionados à informação estática e dinâmica, bem como cartografia, elaboração de procedimentos de navegação por instrumento, espaços aéreos e rotas.
Por sua vez, o Coronel Camilo apresentou ao ICA uma visão geral do Programa DECEA-EUROCONTROL (acordo de cooperação entre os órgãos para intercâmbio de informações de navegação aérea) abordando seu escopo, sua estrutura e responsabilidades dentro do DECEA, aproveitando para pontuar as disciplinas que eventualmente poderão ser interessantes àquele Instituto.
Seção de Comunicação Social da CISCEA
Revisão: 1º Tenente Relações Públicas Camille Barroso
Texto e foto: José Cledi Lima Figueiredo (DO/CISCEA)
Com o objetivo de tratar dos avanços relativos ao acordo de cooperação entre o Brasil e a União Europeia na área de tráfego aéreo, a Comissão de Implantação do Sistema de Controle do Espaço Aéreo (CISCEA) participou de reuniões com a Organização Europeia para a Segurança da Navegação Aérea – Bélgica (EUROCONTROL) e com o Centro de Controle de Área Superior de Maastrich – Holanda (MUAC), no período de 11 a 15 de junho.
Equipes após a reunião no MUAC, com seu Diretor, John Santurbano
O Coronel Aviador José Augusto Peçanha Camilo, Chefe da Divisão Operacional da CISCEA e Gerente do Programa DECEA-EUROCONTROL representou a CISCEA na delegação do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), que contou ainda com Coronel Aviador James Souza Short, Chefe da Divisão de Planejamento do DECEA e Coordenador do Programa DECEA-EUROCONTROL; o Coronel Aviador Marcos Kentaro Adachi, Comandante do Segundo Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle do Tráfego Aéreo (CINDACTA II); o Major Aviador Deoclides Fernandes Barbosa Vieira, Chefe do Escritório Brasileiro de Ligação para a Segurança da Navegação Aérea junto à EUROCONTROL (EBL-SNAER) e o Tenente Especialista em Controle de Tráfego Aéreo Joaquim Tavares Lobo Junior, Chefe da Subseção de Capacidade de Setor de Espaço Aéreo do Centro de Gerenciamento e Navegação Aérea (CGNA).
O DECEA, representado por sua delegação, deu prosseguimento ao trabalho sendo desenvolvido por conta dos acordos Rostering, Philosophies and Tools Agreement (LTMPPS - Long Term ManPower Planning System) e Mutual Cooperation in the Field of Air Navigation, contemplados sob o Programa de Cooperação DECEA-EUROCONTROL assinado em 2015, partindo para tomadas de decisões gerenciais que nortearão a implementação de fato do Programa.
Tais acordos trarão maior precisão no planejamento de pessoal operacional e trará um aumento na produtividade operacional de todo o sistema de Gerenciamento do Tráfego Aéreonacional e internacional. “Este sistema trará grande impacto para o planejamento de pessoal operacional do Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro (SISCEAB)”, afirmou o Chefe da Divisão de Planejamento do DECEA, Coronel Short.
Equipe reunida com os palestrantes na Unidade de Revisão de Performance (PRU)
Com base em seus objetivos estratégicos estabelecidos no PCA 351-3/2012, Plano de Implementação ATM Nacional (ATM – Gerenciamento do Tráfego Aéreo, do inglês Air Traffic Management), e, visando promover a política de gerenciamento cooperativo internacional de tráfego aéreo entre a América do Sul e a Europa, o DECEA identificou há alguns anos que a EUROCONTROL, órgão central das atividades de controle do espaço aéreo europeu, entidade supranacional da União Europeia e sem fins lucrativos, possuía todos os atributos cooperativos para a execução dos objetivos abordados.
A EUROCONTROL conta com vários centros de excelência das mais diversas áreas do controle do espaço aéreo, além liderar projetos no estado da arte com os representantes de seus países-membros e, também, com os não europeus, uma vez que busca permanentemente a integração da Política Estratégica para o Gerenciamento Global do Tráfego Aéreo (Global ATM) com os demais continentes.
No MUAC, órgão de controle responsável por uma das áreas com tráfego áereo mais movimentado na Europa, a delegação delineou a sequência de trabalho sobre o LTMPPS. Em resumo, é um Sistema de Planejamento de Recursos de Longo Prazo, sendo resultado chave e integral de um bom plano de capacidade, projetado para antecipar a demanda futura de tráfego e mudanças em infraestrutura ou grandes eventos.
Segundo os representantes daquele Centro, através da previsibilidade é possível alocar somente a mão de obra necessária para demanda requerida, aumentando assim a produtividade. Para eles, o que se percebe através da produtividade e utilização correta dos recursos humanos é que os recursos humanos são suficientes e podem ser administrados de forma mais eficiente. O ganho não é apenas na produtividade, mas também na qualidade de vida do controlador de tráfego aéreo (ATCO, do inglêsAir Traffic Controller).
Salão do MUAC
A previsão é que isso resulte em maior precisão no planejamento de pessoal operacional, bem como aumento significativo na produtividade de todo o sistema de Gerenciamento do Tráfego Aéreo. “Este sistema trará grande impacto para o planejamento de pessoal operacional do SISCEAB”, afirmou o Chefe da Divisão de Planejamento do DECEA e Coordenador do Programa, Coronel Short.
Sede da fase de implementação do projeto LTMPPS, o CINDACTA II, segundo o Coronel Adachi, já está com o ambiente preparado. “Alguns testes já foram feitos e os resultados se mostraram muito satisfatórios”, disse o Comandante.
Michael Steinfurth recebe o Coronel Camilo, o Coronel Adachi e o Major Deoclides
Em Maastricht, a delegação se reuniu com o Diretor do MUAC, John Santurbano, e com os Gerentes do Projeto Total ATM da EUROCONTROL, Flemming Nyrup e Robin Hickson. Já em Bruxelas, na sede da Organização, a delegação foi recebida por um dos Chefes de Divisão responsável pela Coordenação ATM Civil-Militar na EUROCONTROL (DECMA), Michael Steinfurth; pela Coordenadora do Centro da Rede Operacional de Gerenciamento (NMOC, do inglês Network Manager Operations Centre)no assunto de Intercâmbio de Dados de Navegação Aérea, Ioana Angelica Coliban; e por membros da Unidade de Revisão de Performance, Antonio Ferro e Sara Meson-Mancha.
Para o Coronel Camilo, Gerente do Programa DECEA-EUROCONTROL, a missão possibilitou detalhar a execução do projeto destinado a aprimorar o planejamento de mão de obra aplicada ao gerenciamento do espaço aéreo e explorar os demais objetivos do acordo, conforme previsto na ICA 63-39 de 2017, que trata do gerenciamento do Programa DECEA-EUROCONTROL.
Os próximos passos para a implantação do Programa no Brasil já estão definidos. “Inicialmente haverá o treinamento da equipe na operação do software TIMEZONE, desenvolvido pela EUROCONTROL como uma ferramenta de auxílio à melhor alocação de controladores. Em seguida, está prevista uma visita de representantes do Maastricht ATM Knowledge Centre (MAKC), da EUROCONTROL, ao CINDACTA II para uma pesquisa de campo”, explicou o Coronel Camilo.
Para saber mais sobre o Programa DECEA-EUROCONTROL, clique aqui.
Seção de Comunicação Social da CISCEA
1º Tenente Relações Públicas Camille Barroso
Fonte e fotos:
Major Aviador Deoclides Fernandes Barbosa Vieira (EBL-SNAER)
1º Tenente Especialista em Controle de Tráfego Aéreo Joaquim Tavares Lobo Junior(DO/CGNA)
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